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Toxina Botulínica (BOTOX) - Uso para fins terapêuticos

Em geral, a “toxina botulínica” é um tema que divide opiniões: há aqueles que se manifestam contra e os que se declaram a favor da sua utilização, principalmente se pesquisarmos pelo conteúdo na internet.

 

Acontece que, sobretudo devido à popularização do acesso à rede, com cada vez mais pessoas tendo a oportunidade de se apropriar dos meios de comunicação virtuais para expressar as suas próprias opiniões, impressões e experiências, encontramos muitas publicações a respeito da toxina botulínica sob diferentes pontos de vistas, muitas vezes apresentando informações tão contraditórias umas às outras que acabam surpreendendo o leitor. Embora o objetivo seja a busca pela informação, ele pode se deparar com um verdadeiro excesso de “desinformação”, já que nem sempre esses registros são assinados por especialistas da área – ou seja, por aqueles que, de fato, detêm o conhecimento necessário para abordar o assunto com muito mais propriedade.

Em relação ao que é a toxina botulínica – ou “proteína botulínica” –, bastante conhecida pela sua aplicação nos tratamentos médicos estéticos para a atenuação de rugas dinâmicas da face, trata-se de uma neurotoxina de origem bacteriana de alta especificidade, cuja administração é extremamente segura, se respeitados as suas indicações e protocolos.

Sobre a sua origem, especificamente, refere-se a uma substância secretada pelas bactérias Clostridium botulinum e Clostridium parabotulinum, que, por sua vez, são microrganismos presentes na natureza. E, em sendo uma “neurotoxina”, ela age diretamente no sistema nervoso, determinando a ocorrência de paralisias ou contraturas musculares no nosso corpo, descobrindo-se, a partir destes efeitos, as suas possibilidades terapêuticas em relação a algumas patologias, desde que utilizada em quantidades corretas.

Na região em que é injetada, a toxina botulínica age bloqueando a liberação da acetilcolina – um químico neurotransmissor que transporta mensagens entre o cérebro e as fibras musculares. Uma vez que a acetilcolina está bloqueada, sem que as fibras recebam ordens para se movimentar, impede-se a contração das células musculares.

Entre os tratamentos para os quais a área médica a aplica, assegurando a qualidade de vida de muitos pacientes, constam distúrbios como a espasticidade e distonias. No primeiro distúrbio, uma sequela de lesões do sistema nervoso central desencadeia a contração involuntária, violenta e súbita dos músculos, podendo ser originada, por exemplo, por um traumatismo craniano, derrame ou paralisia cerebral; já no segundo, em decorrência dessa contrição – que tanto pode ser ocasionada devido a lesões do sistema nervoso central como também por lesões medulares –, o tônus muscular sofre um descontrole e/ou distorção, dificultando, assim, a realização de movimentos, bem como provocando uma alteração na postura.

Além desses dois exemplos, existem outras doenças em relação às quais a eficiência da toxina botulínica vem sendo analisada. E, entre as várias marcas que a disponibilizam, as principais são o “Botox”, fabricado pela Allergan, e o “Dysport”, do Grupo Ipsen.

Quais os reais benefícios que o uso da toxina botulínica traz para a Odontologia?

Na Odontologia, a toxina botulínica foi devidamente regulamentada para uso pela Resolução 112/11 do Conselho Federal de Odontologia – CFO – desde setembro de 2011.

Justamente pela sua atuação na diminuição da tensão muscular, ela pode ser utilizada para diversas finalidades na área, como é o caso do controle do bruxismo, uma situação que se caracteriza pelo apertamento ou ranger de dentes durante o sono e/ou em vigília e que, de acordo com as estatísticas médicas, acomete cerca de 40% da população mundial. A explicação é simples: quando injetada num dos músculos da face, a tensão diminui, de maneira que não há força o suficiente para provocar o atrito entre os dentes, causando o desgaste ou a fadiga dos músculos da mastigação, uma das situações responsáveis pelas dores orofaciais. A excelente vantagem em relação ao tratamento tradicional é que, diferentemente das placas noturnas, que podem gerar desconforto ao descanso do paciente, a toxina não causa incômodo. Além disso, a substância também pode ser aplicada no controle das próprias dores de cabeça secundárias ao bruxismo.

Os benefícios da toxina botulínica na Odontologia se estendem, ainda, ao tratamento corretivo das assimetrias de face (ligadas à hipertrofia dos músculos da mastigação), da exposição gengival acentuada (quando o indivíduo sorri, a sua gengiva é exposta excessivamente), do sorriso assimétrico, do controle de alguns tipos de sialorreias (salivação em excesso) e das dores orofaciais ligadas à disfunção da articulação temporomandibular (DTM  muscular, caracterizada pela fadiga dos músculos da mastigação), assim como também pode ser empregada nos tratamentos preventivos, como em casos de implantes de carga imediata e reabilitações estéticas, entre outras possibilidades.

Entre as suas vantagens mais significativas, trata-se de uma intervenção cujos resultados se verificam rapidamente e de uma solução que apresenta pouquíssimos – e passageiros – efeitos colaterais, de forma que a sua utilização é bastante segura.

Obviamente que a aplicação da toxina botulínica na Odontologia é ainda mais segura quando nos referimos à atuação de um cirurgião-dentista devidamente habilitado para administrá-la, com reconhecida experiência para isso. E, comprovadamente, o Consultório Odontológico Dr. Walter Pedro Jr é o espaço indicado àqueles que se interessam em saber mais a respeito dos tratamentos realizados com essa substância, bastando agendar uma consulta com a competente equipe do Consultório, altamente capacitada para atendê-los.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Publicado em 20/01/15

 

Fonte: http://www.luposeli.com.br/blog/os-beneficios-da-toxina-botulinica-na-odontologia/

 

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